Compreenda os iluminantes padrão na medição de cor
Sem luz não podemos ver cor. Com a luz, a cor é vista, mas pode aparecer de forma diferente dependendo do tipo de luz. Uma maçã, por exemplo, pode parecer mais vermelha sob luz incandescente do que seria sob luz natural.
Esta variável, muitas vezes leva a inconsistências na avaliação ou comunicação da cor de uma amostra quando avaliada interna ou externamente no fluxo de produção. Devido a isso, condições de iluminação normalizadas são necessárias para manter resultados consistentes para cada avaliação.
Fonte de Luz vs. Iluminante
Uma fonte de luz pode ser definida como um objeto que emite luz, como por exemplo, a luz num prédio de escritórios. Formando a sua curva de distribuição de energia espectral, uma luz emite diferentes quantidades de energia em cada comprimento de onda do espectro de cores visíveis. A força e a distribuição desta energia emitida variam para cada tipo individual de luz. A luz do dia, por exemplo, emite luz em todos os comprimentos de onda do espectro, com pico na região azul em torno de 460 nm. Isso nos diz que a luz do dia é composta principalmente de luz azul. Para quantificar a cor de um objeto utilizando um método padronizado, deve ser incluído no cálculo uma curva de distribuição de energia espectral padrão.
Ao contrário de uma fonte de luz, um iluminante não é um objeto físico, mas sim uma representação da curva de distribuição de energia espectral de uma luz em forma numérica (ver Figuras 1 e 2). A CIE, uma organização sem fins lucrativos, considerada a autoridade a respeito da ciência da luz e da cor, definiu vários iluminantes para representar certas fontes de luz, como mostrado abaixo. Os dados espectrais para estes iluminantes são armazenados em instrumentos de medição de cor para calcular a cor de uma amostra tal como ela seria sob cada luz.
Iluminante padrão D65: Luz do dia média (incluindo a região de comprimento de onda ultravioleta) com uma temperatura de cor correlacionada de 6504K
Iluminante padrão C: Luz do dia média (não incluindo a região de comprimento de onda ultravioleta) com uma temperatura de cor correlacionada de 6774K
Iluminante padrão A: luz incandescente com uma temperatura de cor correlacionada de 2856K
Figura 1
Iluminante Fluorescente F2: Branco frio
Iluminante Fluorescente F7: Luz do dia
Iluminante Fluorescente F11: Três bandas estreitas de branco frio
Figura 2
Identificação de metamerismo usando iluminantes
O metamerismo descreve um par de objetos que correspondem na cor sob uma condição de iluminação, mas não em outro.
Empresas do setor têxtil, tintas, plásticos, automotiva e gráfica, podem ser afetadas pela metameria uma vez que diversas partes de um produto podem ser feitas com pigmentos ou corantes diferentes levando a cores incompatíveis.
Uma parte de um carro, por exemplo, pode ser pintada com uma cor que parece combinar com o resto do veículo quando visto à luz do dia, mas ela não é a mesma quando vista sob iluminação de um estacionamento durante a noite.
Para identificar o metamerismo, testes visuais e instrumentais devem ser realizados para avaliar as amostras sob duas ou mais diferentes fontes de luz e iluminantes, tais como a luz do dia (iluminante padrão D65) e luz incandescente (iluminante padrão A). No teste instrumental, um espectrofotômetro permite aos usuários ver os dados de refletância das duas cores em cada iluminante. Se as propriedades metaméricas são identificadas, ações corretivas podem ser tomadas para aperfeiçoar o processo para futuros lotes de cores ou pigmentos.
Como escolher qual iluminante usar
Ao escolher o iluminante para usar quando estiver medindo ou avaliando a cor da amostra, a sua utilização final ou onde será vendida deve ser considerada. O iluminante fluorescente pode ser escolhido se o produto é vendido em um supermercado ou loja de departamento, por exemplo. Este iluminante deve ser usado como o padrão para todas as futuras avaliações visuais e instrumentais para manter a consistência de cor, precisão e eficiência ao longo de suas operações.